Autoridades alemãs e da UE apelam aos estados membros para aderirem ao esquema de compra de hidrogénio

O ministro da economia da Alemanha, Robert Habeck, e o comissário europeu para a energia, Kadri Simson, apelaram aos Estados-membros da UE para que se juntassem à iniciativa 'H2 Global' numa tentativa de fortalecer o poder de compra de hidrogénio do bloco, relata o Handelsblatt. Numa carta conjunta, à qual o jornal teve acesso, Habeck e Simson instaram os Estados-membros a envolverem-se na iniciativa, que a Alemanha criou para ajudar a acelerar o mercado do hidrogénio verde. A ideia é agrupar o poder de compra dos estados da UE para adquirir o combustível no mercado mundial. No âmbito da H2Global, o hidrogénio verde ou derivados são adquiridos no estrangeiro através de leilões ao licitante que pede o preço mais baixo, e revendidos na Europa ao licitante com lance mais elevado, também através de leilões. Os fundos governamentais serão utilizados para compensar a diferença entre o preço de compra do hidrogénio e o preço de venda no mercado interno. Habeck e Simson escreveram que todos os Estados-membros poderiam beneficiar da iniciativa, e os leilões conjuntos poderiam servir como um sinal aos produtores de hidrogénio de que está a emergir um mercado europeu forte, relata o diário de negócios.

Os defensores da iniciativa afirmam que a Europa deve agir como uma verdadeira união verde da eletricidade e do hidrogénio para se manter firme num mundo competitivo que caminha para a neutralidade climática. “Embora a Comissão Europeia ainda esteja a tentar estabelecer um Banco Europeu de Hidrogénio, na prática a H2Global está muito mais avançada e está a tornar-se o principal pilar no desenvolvimento de relações de fornecimento de hidrogénio”, relata Handelsblatt. O primeiro leilão para importações de hidrogénio verde ao abrigo do regime H2Global foi lançado no final de 2022. O hidrogénio produzido a partir de fontes renováveis ​​é visto como essencial para o caminho para a neutralidade climática até 2045, especialmente para descarbonizar indústrias como a siderurgia, a química e a aviação.

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